quinta-feira, 11 de setembro de 2008
O esgoto do jornal sujou a rua,
e a minha porta que jamais se abriu
com a força de um dispendioso rio
escancarou-se vegetal e nua.
E enquanto os transeuntes e a lua
molhavam os pés, prateando o desvario,
sibilações de sons, num tal cicio
se desprenderam desta gargantua.
Observei, com a intrepidez de um louco,
que o esgoto-jornal invadiria
minha mansarda escura, pouco a pouco.
Tentei fechar a porta - e quem diria!
As letras do jornal criaram asa
E invadiram os limites de minha casa.
e a minha porta que jamais se abriu
com a força de um dispendioso rio
escancarou-se vegetal e nua.
E enquanto os transeuntes e a lua
molhavam os pés, prateando o desvario,
sibilações de sons, num tal cicio
se desprenderam desta gargantua.
Observei, com a intrepidez de um louco,
que o esgoto-jornal invadiria
minha mansarda escura, pouco a pouco.
Tentei fechar a porta - e quem diria!
As letras do jornal criaram asa
E invadiram os limites de minha casa.
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Um comentário:
Legal o poema, a crítica e o olhar do que é vendido e o que é comprado. Jornais que entubam as pessoas. Bom o contexto do texto.
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