quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Ritmo sem compromisso
Vazias as formas no céu sem estrelas.
Não as posso ver nem tocar com a palma
da mão espalmada e carente de tê-las
pela sombra morta da noite que acalma.
Lembrança do sono sutil das meninas
dançando ciranda incorpórea na chuva,
caindo em gotículas frias e finas
chorando o bafejo da aragem viúva.
Acima, a celeste rainha dos ventos
bafeja voragens, voando sem asas,
e quanto mais voa rebenta em lamentos
que caem sedentos nos tetos das casas.
Vulcões de outras eras possuo em meu peito,
deitado no leito imagino o futuro:
sem asas, sem brisas - o ar rarefeito -
termino o cigarro no quarto escuro.
E as lavas ignotas explodem enquanto
a chuva impotente derrama seu pranto
ao longo do corpo que a morte deseja
num êxtase bronco durante a peleja
Meu sangue congela, e a estar congelado
me torna a regiões onde o frio que faz
obriga o vivente a portar-se calado
como se lhe houvessem tirado a paz.
Abril de 2008
Copyright 2008
Não as posso ver nem tocar com a palma
da mão espalmada e carente de tê-las
pela sombra morta da noite que acalma.
Lembrança do sono sutil das meninas
dançando ciranda incorpórea na chuva,
caindo em gotículas frias e finas
chorando o bafejo da aragem viúva.
Acima, a celeste rainha dos ventos
bafeja voragens, voando sem asas,
e quanto mais voa rebenta em lamentos
que caem sedentos nos tetos das casas.
Vulcões de outras eras possuo em meu peito,
deitado no leito imagino o futuro:
sem asas, sem brisas - o ar rarefeito -
termino o cigarro no quarto escuro.
E as lavas ignotas explodem enquanto
a chuva impotente derrama seu pranto
ao longo do corpo que a morte deseja
num êxtase bronco durante a peleja
Meu sangue congela, e a estar congelado
me torna a regiões onde o frio que faz
obriga o vivente a portar-se calado
como se lhe houvessem tirado a paz.
Abril de 2008
Copyright 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário