terça-feira, 16 de setembro de 2008
Ritmo divinal
Dos meus tristes dias não levo lembrança
Dos meus tristes dias ignoro os seus ninhos.
Só levo o meu tempo de infante criança
quando apetecia do céu os caminhos.
As lágrimas correm velozes na fronte
e o peito arfante acelera as batidas.
Sou o caminheiro defronte uma ponte
que teme cruzá-la e encontrar outras vidas.
Toda noite escrevo o que passa e me arrasta
através de matas sombrias e escuras
qual a férrea idéia de um iconoclasta
assombrado em meio cem mil sepulturas.
Minha alma reluz na água fria do lago
vibrando, estorcendo-se, amaldiçoando
o choro que pede o calor de um afago,
a noite que embala o soluço nefando.
Bailando... bailando a canção funeral
o meu pensamento conquista as alturas
que, quando mais altas, mais perto do Mal,
e quando mais baixo, tateia às escuras.
Dos meus tristes dias ignoro os seus ninhos.
Só levo o meu tempo de infante criança
quando apetecia do céu os caminhos.
As lágrimas correm velozes na fronte
e o peito arfante acelera as batidas.
Sou o caminheiro defronte uma ponte
que teme cruzá-la e encontrar outras vidas.
Toda noite escrevo o que passa e me arrasta
através de matas sombrias e escuras
qual a férrea idéia de um iconoclasta
assombrado em meio cem mil sepulturas.
Minha alma reluz na água fria do lago
vibrando, estorcendo-se, amaldiçoando
o choro que pede o calor de um afago,
a noite que embala o soluço nefando.
Bailando... bailando a canção funeral
o meu pensamento conquista as alturas
que, quando mais altas, mais perto do Mal,
e quando mais baixo, tateia às escuras.
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Um comentário:
Alguns poemas seus parecem com a fase inicial do Ricardo Wagner, os sonetos e a temática. Se possível dá uma olhada no livro dele quando puder. Rumores da Existência.
A dor é luz e a escuridão apenas um olhar pra arte.
Abraço.
Cássio Amaral.
Cássio Amaral.
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