![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4srPD5wHQYEi2GT-icB8gp9G53IXMFJQwbz8PIA-DSzJN3VQS6X5T60iA0q40oSurTYKwxq0Inou8cAskDRXzHtzN-NUa9mVMKrmhxmnp7_XSc0E_QVs2Uhb3gT5jwdvFVP4dW-3GYww/s400/rene-magritte-os+amantes.jpg)
Mesmo que o canto esteja torto
E não se enquadre no teu gosto,
Continuará soando absorto
Pois que nasceu num mês de agosto.
Mesmo que a verve, indefinida,
Não toque fundo no teu peito,
Resplenderá, cheia de vida,
Na solidão do insatisfeito.
Mesmo que o tempo nunca faça
Outro destino e outra conduta,
Serei fiel à minha raça
E terei sangue para a luta.
Mesmo que o amor nunca recolha
Minhas lamúrias e meu pranto,
Sempre terei uma outra escolha,
Mesmo que seja o desencanto.
Mesmo que saibas, ó querida,
Que o meu amor nunca perece,
Já não terás a minha vida
E nem tampouco a minha prece.
Perdizes, agosto de 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário