![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG2N9QsX2Q-LQfOoZN28AAYXciQjuMjKImw2rINvGNwIgeA3QzpOVfs9cupG5bmcP2C-ysqcvXAgphJ5trP1_vOAR9Ya2aDqK1-ZxDd1ecrBNsYMqOY8zHl8Xz_8Z-sbSZDv2XnblsPyY/s400/flores_do_mal.jpg)
O sol vem coar as lágrimas
Sem as secar.
Nem poderia fazê-lo:
Há muita água pras enchentes.
A lua é amiga dos insones
Que trocam o sono pela abstinência de acordar.
Nunca serás amante, lua dos amantes.
Proibiram os astros de amar.
O amor é só dos homens.
Amei como todos amam.
Amei ainda mais.
Mas não fui amado como necessitava.
Será o amor necessário?
Ensinaram o céu a não pedir favores.
Ensinei pouco, aprendi raro.
Ensinamentos e decepções
Cobrem o céu dos homens.
Muita vez, quando observava as estátuas
Também chamadas de seres,
Tive inveja dos mármores
E das estalactites.
Mundo mineral, sou teu apóstolo.
Ensina-me o rumorejar da floresta
e o silvo das montanhas.
Rochas há que sonegam
A umidade das nuvens.
Se é tão sinuosa a estrada,
Por que a devo endireitar?!
A ferramenta cai do gesto,
Múltiplo de prata.
Só há razão se houver debilidade,
Só há tristeza se amor feroz
Morder-te o pescoço.
Nunca mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário