![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoVf2EqdV587acCgtsd8c3-9AUJCBfK0CUA2pWaYcCwgcDU-TjQK_7r4jvDfbrN-6hyphenhyphenvkhqKMYbgqS8KDhtopxmZVRk7glnmrZFz85LS5qUlBExvYl32fy-kug5J_VPzt6x1p1V3vaxYc/s400/sea-bird-fly.jpg)
Quando soube que Amor o não queria
Para o banquete do estertor carnal,
Desprezou a mulher que dele ria
E foi tentado a praticar o Mal.
Deserto o peito, ainda conseguiu,
Nuns laivos acres de cantor do azul,
Reconstruir de Nada seu covil
Para abrigar o Sonho ainda nu.
Viu-se senhor dos ares rarefeitos
Onde o recôndito de pouco-ser
Escraviza o talento dos Eleitos;
Mas decidiu seguir outros caminhos
Como a ave nômade que estende as asas
E procura o conforto de outros ninhos.
Perdizes, setembro de 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário