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Prometi-me esquecê-la quando pude
Reconhecer, ainda assim com pena,
Que o meu amor, tão cheio de virtude,
Era um ator medíocre entrando em cena.
Prometi acabar com essa história
De ficar lamentando o que pudera
Ter sido, e no vazio da memória
Apreciar a suposta primavera.
Nesta ânsia de delírio e de tormenta
Minha fronte se torna macilenta
E os meus lábios destilam sangue e fel;
Sem cansaço, teu nome inda persigo,
E em nisso habita o espectro do perigo:
Renegar o amor sendo-lhe fiel...
Perdizes, outubro de 2009
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