terça-feira, 17 de agosto de 2010
Fingimento
Converti-me à religião de amar-te.
Nela não há sacrifícios nem temores.
Não há altares nem joelhos postos ao chão:
Há apenas uma vela efêmera
Que arde terrena no meu coração.
A Deusa não pede loas
E muito menos sacrifícios altos:
Ela deseja ósculos vermelhos
E flores de asfalto.
Um pouco mais me tornaria escravo
De tal divindade momentânea.
Mas minha fé sempre estará a salvo,
Pois que se fez intrepidez e chama.
Religioso excêntrico, praticante de heresias várias:
Desnudo o corpo do ser eleito
E o cubro de beijos no estertor das galas.
Ó minha Deusa, por que a vida é fugaz?
Eu morro quando te desnudo o manto
Mas tu não morres, antes vive mais...
Eu sofro a antítese do sol que nasce
Enquanto meu desejo expira;
Sofro a angústia de tocar-te a face
No enterro da noite, início do dia.
E tu recendes a incenso e mirra
Quando a manhã te levanta:
Eu vejo-te humana em minha fantasia,
Mesmo sabendo-te santa.
Há um Deus! Tu me disseste e agora eu acredito.
Ele criou o peixe e deu ao homem a rede;
Criou os bosques para os passarinhos,
Criou-te a ti para matar-me a sede!
E eu bebo em teu corpo que límpido jorra,
Eu como do pão que me ofereces:
Dar-te-ei pagamentos em ouro
Através do tesouro escondido em minhas preces...
Iremos felizes, as mãos muito juntas
Durante a viagem sem nome e sem tempo.
Iremos colhendo do chão as perguntas
Que a vida nos traz pelas asas do vento!
A fé que me move não move montanhas.
A Deusa que adoro é apenas humana...
Mas é quem eu amo.
Sou crente de um ser divinamente humano.
Nela não há sacrifícios nem temores.
Não há altares nem joelhos postos ao chão:
Há apenas uma vela efêmera
Que arde terrena no meu coração.
A Deusa não pede loas
E muito menos sacrifícios altos:
Ela deseja ósculos vermelhos
E flores de asfalto.
Um pouco mais me tornaria escravo
De tal divindade momentânea.
Mas minha fé sempre estará a salvo,
Pois que se fez intrepidez e chama.
Religioso excêntrico, praticante de heresias várias:
Desnudo o corpo do ser eleito
E o cubro de beijos no estertor das galas.
Ó minha Deusa, por que a vida é fugaz?
Eu morro quando te desnudo o manto
Mas tu não morres, antes vive mais...
Eu sofro a antítese do sol que nasce
Enquanto meu desejo expira;
Sofro a angústia de tocar-te a face
No enterro da noite, início do dia.
E tu recendes a incenso e mirra
Quando a manhã te levanta:
Eu vejo-te humana em minha fantasia,
Mesmo sabendo-te santa.
Há um Deus! Tu me disseste e agora eu acredito.
Ele criou o peixe e deu ao homem a rede;
Criou os bosques para os passarinhos,
Criou-te a ti para matar-me a sede!
E eu bebo em teu corpo que límpido jorra,
Eu como do pão que me ofereces:
Dar-te-ei pagamentos em ouro
Através do tesouro escondido em minhas preces...
Iremos felizes, as mãos muito juntas
Durante a viagem sem nome e sem tempo.
Iremos colhendo do chão as perguntas
Que a vida nos traz pelas asas do vento!
A fé que me move não move montanhas.
A Deusa que adoro é apenas humana...
Mas é quem eu amo.
Sou crente de um ser divinamente humano.
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