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O galo esporeia o ar
Em seu imaginário
Combate de esporas.
Olha ao redor... vislumbra
A penumbra do dia:
Adversários possantes
Querem-lhe a carne e o sangue.
O galo necessita
De batalhas sangrentas,
Na afirmação maldita
De sua soberania.
O galo as penas bica
E sente o colorido
Do sol na própria crista.
Na altivez de ser galo
Mede a sombra
Que projeta:
A sombra é o inimigo
E vem com hora certa.
Não sabe por que dorme
Apoiado nos pés;
Não sabe por que engole
Um grão de cada vez.
Mas vive desconfiado
E canta quando há voz:
Alteia o corpo alado
E vai, desesperado,
Cantar na noite só.
O galo é que governa
E rege as madrugadas:
Do plano até a serra
Seu canto cobre a terra:
O galo dá ao sol
As primeiras coordenadas.
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