quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
O que ficou no caminho
Tristis eris si solus eris
OVÍDIO
Caminha cabisbaixo entre resquícios
De uma vida esgotada em artifícios
Que o arrastam, lentamente, à indigência;
Está sozinho na árdua atividade
De procurar no mundo a liberdade
E traduzir na Arte a própria Essência.
Segue de olhos fechados, meditando
À nulidade trágica, ao desmando
Dos desejos do homem, incoerentes;
Pensa na concepção de um paralelo,
Uma terra divina, um anelo
Onde possa plantar suas sementes.
Ah! Como desejara estar contente
E passar pela vida inutilmente
Numa existência quase religiosa...
Mas o Poeta vê o invisível
E retorna, senhor de um mundo incrível
Onde a lua é mais triste e nebulosa...
Carrega a sina de um destino aziago:
Procurar no humano gesto o afago
Que lhe complete a alma e o sentido;
E, numa tarde harmoniosa , crer -
Viver é o exercício de esquecer
O Sonho que jamais será esquecido.
Araxá, fevereiro de 2007.
OVÍDIO
Caminha cabisbaixo entre resquícios
De uma vida esgotada em artifícios
Que o arrastam, lentamente, à indigência;
Está sozinho na árdua atividade
De procurar no mundo a liberdade
E traduzir na Arte a própria Essência.
Segue de olhos fechados, meditando
À nulidade trágica, ao desmando
Dos desejos do homem, incoerentes;
Pensa na concepção de um paralelo,
Uma terra divina, um anelo
Onde possa plantar suas sementes.
Ah! Como desejara estar contente
E passar pela vida inutilmente
Numa existência quase religiosa...
Mas o Poeta vê o invisível
E retorna, senhor de um mundo incrível
Onde a lua é mais triste e nebulosa...
Carrega a sina de um destino aziago:
Procurar no humano gesto o afago
Que lhe complete a alma e o sentido;
E, numa tarde harmoniosa , crer -
Viver é o exercício de esquecer
O Sonho que jamais será esquecido.
Araxá, fevereiro de 2007.
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