quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Andava devagar porque não tinha pressa,
e hoje leva o sorriso além do choro ou mágoa;
Nunca foi forte nem feliz - isso não lhe interessa...
não é tolo nem sábio,
não é fogo nem água.
Já conhece as manhas e as manhãs,
das massas o sabor não se compara ao das maçãs;
aprendeu a viver sem amor, e pulsar
depende apenas da mulher que lhe vier ao lar;
já foi homem de sorrir sem ter paz,
mas prefere ter paz a precisar sorrir.
Florir sem chuva sabe ser possível.
O que não sabe é o que ainda lhe não cabe.
Ainda anda devagar, porém com pressa
como se houvesse um temporal sobre sua cabeça.
e hoje leva o sorriso além do choro ou mágoa;
Nunca foi forte nem feliz - isso não lhe interessa...
não é tolo nem sábio,
não é fogo nem água.
Já conhece as manhas e as manhãs,
das massas o sabor não se compara ao das maçãs;
aprendeu a viver sem amor, e pulsar
depende apenas da mulher que lhe vier ao lar;
já foi homem de sorrir sem ter paz,
mas prefere ter paz a precisar sorrir.
Florir sem chuva sabe ser possível.
O que não sabe é o que ainda lhe não cabe.
Ainda anda devagar, porém com pressa
como se houvesse um temporal sobre sua cabeça.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Metamorfose Ambulante
A katlin Alves
Não prefiro ser nem o que sou
Nem Metamorfose.
Tu também,
Se fome tiveres de Além,
Alçarás vôo.
Enquanto que eu
Como um homem que nunca bebeu
Estou.
E já que sou
Meu próprio pai, quem sabe avô
Partilharei contigo
Em gesto sóbrio de amigo
Metamorfo, metonímio,
Minha primeira dose.
Talvez a lenda
Da lagarta tornando borboleta
Ou vice-versa
Seja verdade.
Se somos hoje, ontem fomos.
Mas não propomos ser quem somos.
Daí a fatalidade
Da Metamorfose nunca vir a tornar-se
Realidade.
Araxá, junho de 2011
Não prefiro ser nem o que sou
Nem Metamorfose.
Tu também,
Se fome tiveres de Além,
Alçarás vôo.
Enquanto que eu
Como um homem que nunca bebeu
Estou.
E já que sou
Meu próprio pai, quem sabe avô
Partilharei contigo
Em gesto sóbrio de amigo
Metamorfo, metonímio,
Minha primeira dose.
Talvez a lenda
Da lagarta tornando borboleta
Ou vice-versa
Seja verdade.
Se somos hoje, ontem fomos.
Mas não propomos ser quem somos.
Daí a fatalidade
Da Metamorfose nunca vir a tornar-se
Realidade.
Araxá, junho de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
EU
O amor já não canto em costura de versos.
Agora me arremesso
Ao revés dos que buscam ser felizes.
Cortei minhas raízes
E delas fiz asas maiores que o céu.
Tenho muito, e o que tenho sou eu
Batendo com as mãos nuas na rocha inculta.
Não te aconselho
Se a meio
Vieres participar dessa luta.
O sono fez-me par de teu silêncio.
As janelas fechadas traduzem meu quarto:
Nada mais sou que um abstêmio
A quem tomaram o último trago.
Se me condenso a chuva tarda.
Restam alguns respingos, mas amarga
A brisa cresce do que fora água.
Mas não repara:
As almas delirantes repousam
E depois do descanso ainda ousam.
Agora me arremesso
Ao revés dos que buscam ser felizes.
Cortei minhas raízes
E delas fiz asas maiores que o céu.
Tenho muito, e o que tenho sou eu
Batendo com as mãos nuas na rocha inculta.
Não te aconselho
Se a meio
Vieres participar dessa luta.
O sono fez-me par de teu silêncio.
As janelas fechadas traduzem meu quarto:
Nada mais sou que um abstêmio
A quem tomaram o último trago.
Se me condenso a chuva tarda.
Restam alguns respingos, mas amarga
A brisa cresce do que fora água.
Mas não repara:
As almas delirantes repousam
E depois do descanso ainda ousam.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
TOM PESSOAL
Não escrevo o que sinto:
Escrevo labirinto
De onde sei a saída.
Nestas salas de vidro
Eu paro, eu olho, eu sinto
O que foi minha vida.
São paisagens-memória
Mortas, rememoradas
Qual nos livros de história
As mentiras contadas
São irmãs do real.
O papel me confessa:
Dele a letra impressa
É meu tom pessoal.
Escrevo labirinto
De onde sei a saída.
Nestas salas de vidro
Eu paro, eu olho, eu sinto
O que foi minha vida.
São paisagens-memória
Mortas, rememoradas
Qual nos livros de história
As mentiras contadas
São irmãs do real.
O papel me confessa:
Dele a letra impressa
É meu tom pessoal.
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