![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwRyS0UClrf2FnwKV9MPOckJ7gV0fyAssJPJ5AzZY4PbRyf53wMxgp3oEdtUWNDNmUivaJ-SZhvkAoOQWcR_uoWaRryQVxaZzuKsgiMv0MvvqCpvpeu3FDqUIx27_7RiAKGDa-l_xxBPk/s400/%C3%B3rbita+do+desencanto.jpg)
Ninguém contempla o céu como eu o contemplo.
Meus olhos são azuis de contemplá-lo.
Acordo, e lá está – o único templo
Acima de qualquer terrestre abalo.
Se está alegre, encontra-se aberto,
Fechado fica se contrariado;
Se a noite o deixa de clarões deserto
À lua o brilho pede-lha emprestado.
Mas quando chega a tempestade e o raio
O céu desaba em súbito desmaio,
E enche de púrpura o divino manto.
Ninguém contempla o céu como eu o faço,
Com a certeza de que há muito espaço
Fora da órbita do Desencanto.
Araxá, em 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário